Girly Paradise Gifs Professora Sandra Bastos: 11 de mai. de 2010
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terça-feira, 11 de maio de 2010

Textos e interpretações

Casal é tudo igual



Luís Fernando Veríssimo


Ele: - Alô?
Ela: - Pronto.
Ele: - Voz estranha… Gripada?
Ela: - Faringite.
Ele: - Deve ser o sereno. No mínimo tá saindo todas as noites pra badalar.
Ela: - E se estivesse? Algum problema?
Ele: - Não, imagina! Agora, você é uma mulher livre.
Ela: - E você? Sua voz também está diferente. Faringite?
Ele: - Constipado.
Ela: - Constipado? Você nunca usou esta palavra na vida.
Ele: - A gente aprende.
Ela: - Tá vendo? A separação serviu para alguma coisa.
Ele: - Viver sozinho é bom. A gente cresce.
Ela: - Você sempre viveu sozinho. Até quando casado só fez o que quis.
Ele: - Maldade sua, pois deixei de lado várias coisas quando a gente se casou.
Ela: - Evidente! Só faltava você continuar rebolando nas discotecas com as amigas.
Ele: - Já você não abriu mão de nada. Não deixou de ver novela, passear no shopping, comprar jóias, conversar ao telefone com as amigas durante horas…

...Silêncio ….
Ela: - Comprar jóias? De onde você tirou essa idéia? A única coisa que comprei em quinze anos de casamento foi um par de brincos.
Ele: - Quinze anos? Pensei que fosse bem menos.
Ela: - A memória dos homens é um caso de polícia!
Ele: - Mas conversar com as amigas no telefone…
Ela: - Solidão, meu caro, cansaço… Trabalhar fora, cuidar das crianças e ainda preparar o jantar para o HERÓI que chega à noite…Convenhamos, não chega a ser uma roda-gigante de emoções…
Ele: - Você nunca reclamou disso.
Ela: - E você me perguntou alguma vez?
Ele: - Lá vem você de novo… As poucas coisas que eu achava que estavam certas… Isso também era errado!?
Ela - Evidente, a gente não conversava nunca…
Ele: - Faltou diálogo, é isso? Na hora, ninguém fala nada. Aparece um impasse e as mulheres não reclamam. Depois, dizem que faltou diálogo. As mulheres são de Marte.
Ela: - E vocês são de Saturno!
…Silêncio…
Ele: - E aí, como vai a vida?
Ela: - Nunca estive tão bem. Livre para pensar, ninguém pra me dizer o que devo fazer…
Ele: - E isso é bom?
Ela: - Pense o que quiser, mas quinze anos de jornada são de enlouquecer qualquer uma.
Ele: - Eu nunca fui autoritário!
Ela: - Também nunca foi compreensivo!
Ele: - Jamais dei a entender que era perfeito. Tenho minhas limitações como qualquer mortal..
Ela: - Limitado e omisso como qualquer mortal.
Ele: - Você nunca foi irônica.
Ela: - Isso a gente aprende também.
Ele: - Eu sempre te apoiei.
Ela: - Lógico. Se não me engano foi no segundo mês de casamento que você lavou a única louça da tua vida. Um apoio inestimável…

Sinceramente, eu não sei o que faria sem você. Ou você acha que fazer vinte caipirinhas numa tarde para um bando de marmanjos que assistem ao jogo da Copa do Mundo era realmente o meu grande objetivo na vida?
Ele: - Do que você está falando?
Ela: - Ah, não lembra?
Ele: - Ana, eu detesto futebol.
Ela: - Ana!? Esqueceu meu nome também? Alexandre, você ficou louco?
Ele: - Alexandre? Meu nome é Ronaldo! …Silêncio…
Ele: - De onde está falando?
Ela: - 578 9922
Ele: - Não é o 579 9222?
Ela: - Não.
Ele: - Ah, desculpe, foi engano.
Depois de um tempo ambos caem na gargalhada.
Ele: Quer dizer que você faz uma ótima caipirinha, hein?
Ela: - Modéstia à parte… Mas não gosto, prefiro vinho tinto.
Ele: - Mesmo? Vinho é a minha bebida preferida!
Ela: - E detesta futebol?
Ele: - Deus me livre… 22 caras correndo atrás de uma bola… Acho ridículo!
Ela: - Bem, você me dá licença, mas eu vou preparar o jantar.
Ele: - Que pena… O meu já está pronto. Risoto, minha especialidade!
Ela: - Mentira! É o meu prato predileto…
Ele: - Mesmo! Bem, a porção dá pra dois, e estou abrindo um Chianti também.Você não gostaria de…
Ela: - Adoraria!
….Ele dá o endereço.
Ela: - Nossa, tão pertinho! São dois quarteirões daqui.
Ele: - Então? É pegar ou largar.
Ela: - Tô passando aí, Ronaldo.
Ele: - Combinado, vizinha.

RESPONDA:

1- Um homem e uma mulher conversam ao telefone.

a- Quem tomou a iniciativa de telefonar?
b- Pelo clima da conversa, como parece ser o relacionamento entre eles?

2- À medida que o casal conversa, eles começam a estranhar o comportamento um do outro.

a- Exemplifique esse comportamento estranho.

3- “Ele: - Deve ser o sereno. No mínimo tá saindo todas as noites pra badalar.”

a- Que sentimento ele demonstra quando usa faz essas afirmações?
4- A mulher pensava que o homem ao telefone era o seu ex-marido. Leia o diálogo

“Ela: - Você sempre viveu sozinho. Até quando casado só fez o que quis.”

“Ele: - Maldade sua, pois deixei de lado várias coisas quando a gente se casou.”

a- Qual a diferença entre o homem ao telefone e ex-marido da mulher?
5- O homem ao telefone pensava que estava falando com sua ex-mulher:

“Ele: - Já você não abriu mão de nada. Não deixou de ver novela, passear no shopping, comprar jóias”

“Ela: - Comprar jóias? De onde você tirou essa idéia? A única coisa que comprei em quinze anos de

casamento foi um par de brincos.

a- Compare as duas mulheres.

6- “Ele: - Você nunca reclamou disso.”
“Ela: - E Você me perguntou alguma vez?"

- E você me perguntou alguma vez?”

- E você me perguntou alguma vez?”

Baseando-se nesta conversa responda, podemos concluir que os dois casais se param pelo mesmo motivo:

a- Por qual motivo os casais se separaram?
7- Leia:

“Se não me engano foi no segundo mês de casamento que

você lavou a única louça da tua vida. Um apoio inestimável… Sinceramente, eu não sei o que faria sem você.

a- O que a mulher quis realmente dizer?:
8- A partir de qual momento eles começam a desconfiar que a pessoa do outro lado da linha não é aquela que cada um pensava ser?

9- À medida em que a conversa evolui, eles descobrem alguma coisa que os une. Que gostos eles tem em comum?
10- Reescreva a frase usando o verbo corretamente, substituindo “a gente” por "nós".

a- … a gente não conversava nunca.
b- Isso a gente aprende também.

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Categoria: Interpretações II
17 de agosto de 2009
A moça e a vasilha de leite


A Moça e a Vasilha de Leite


"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele.

- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.

Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."



(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)


Baseada em uma fábula de Esopo
Fernando Kitzinger Dannemann


SUGESTÕES PARA O PROFESSOR:

A fábula é um pequeno texto fácil de ser compreendido. As sugestões sobre o estudo desta fábula devem ser adaptadas de acordo com o grau de dificuldade e de escolaridade dos alunos. O professor também pode diversificar as atividades em cada turma.


1- ORALIDADE:

a- Você conhece a fábula “A Moça e a Vasilha de Leite”?

b- Quem é o autor do texto?

c- Conhece outras fábulas desse autor? Quais?

d- Leitura do Professor

e- Leitura do Aluno


2- DIVISÃO DA ESTRUTURA:

a- Situação inicial:

b- Obstáculo:

c- Tentativa de solução:

d- Resultado final:

e- Moral:




3- QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

a- Quem é a personagem principal?

b- Quais as características desta personagem?

c- Existem personagens secundários?

d- Há um narrador? Quem?

e- Onde o fato aconteceu?

f- Identifique no texto palavras que expressem lugar.

g- Identifique palavras que dão pistas da época em que os fatos

aconteceram
h- Quais os verbos do texto que indicam as ações da moça?




4- ARGUMENTAÇÃO:

a- Por que a moça não concretizou seus sonhos?

b- Qual a importância de se planejar o que se quer conquistar na vida?

c- Quando uma pessoa deve iniciar os planos para sua vida?

d- Você tem planos para sua vida? Se tiver, especifique alguns.

e- O que fazer quando algo não acontece conforme planejamos?

f- Como você explica a moral do texto: ” Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha”?

g- Escreva outra moral para o texto.




5- EXPRESSÃO ESCRITA:

a- Reescrever o texto em forma de teatro – para ser representado.

b- Escrever um texto falando dos planos para sua vida

c- Escrever uma fábula de acordo com a estrutura:

- Situação inicial:

- Obstáculo:

- Tentativa de solução:

- Resultado final:

- Moral:

d- Leitura dos textos escritos


6- PESQUISA

(Apenas uma página)(Um tema para cada dupla)


a- Aleitamento materno

b- Amas de leite

c- Bancos de leite materno

d- Osteoporose

e- Lactose

f- A farra do boi

g- Dia de São Firmino, em Pamplona, Espanha

h- A vaca, na Índia

i- Leite de soja e seus derivados

j- Leite de búfala

k- Leite de cabra

l- Receitas feitas com leite de vaca

m- Ordenha manual e ordenha mecânica

n- Regiões produtoras de leite.

o- Melhore raças bovinas na produção de leite


(A pesquisa poderá ser explicada pelos alunos)



7- CONCURSO DE FRASES SOBRE O LEITE.

a- Escrita individual

b- Escolher as 3 melhores de cada sala para uma premiação simbólica.


8- PODUÇÃO DE POESIAS


9- EXPRESSÃO ARTÍSTICA

Expressar em desenhos o texto “A moça e a vasilha de leite” e os “textos teatrais” escritos em equipe.




10- FOTOGRAFIA

a- mulheres amamentando;

b- Animais amamentando.

c- Crianças e adultos bebendo leite


11- ENCERRAMENTO:


a- EXPOSIÇÃO:

- textos pesquisados

- das frases vencedoras

- dos textos teatrais escritos

- Dos desenhos

- das fotos

- das poesias escritas


b- DRAMATIZAÇÃO

Em equipe, representar o texto “A moça e a vasilha de leite” e os “textos teatrais” escritos em equipe.


c- PREMIAÇÃO PARA AS MELHORES DE CADA CATEGORIA

- Primeiro colocado - um pacotinho de doce de leite.

- Segundo colocado - um pacotinho de bala de leite

- Terceiro colocado - um pacote de bolacha de leite


d- confraternização com doces feitos pelos alunos:

- Pudim de leite

- Doce de leite

- Balas...


OUTRAS SUGESTÕES:






Pinte três quarto das vacas






Pinte um terço das vacas


Desenho para colorir


IMAGENS PARA PRODUÇÃO DE TEXTO:






Links
http://www.educ.fc.ul.pt/ - Exercícios com numerais

http://www.soportugues.com.br - Um ótimo site sobre Língua Portuguesa


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Categoria: Interpretações II
29 de outubro de 2007
Felicidade Clandestina


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

Clarice Lispector



Sugestões filmes de curta metragem. Assista aos filmes, leia os comentarios e veja as sujestões para trabalhar com os alunos. Clik no link, digite o nome do filme e assista Felicidade Clandestina de Clarice Lispector

http://www.portacurtas.com.br/busca.asp




EXPLORAR:


ENREDO: de seqüência linear com grande carga psicológica.

ÉPOCA E DURAÇÃO: não são precisas

PROTAGONISTA: a narradora que sofre sozinha. Daí o nome felicidade clandestina

ANTAGONISTA: a dona do livro

PERSONAGEM SECUNDÁRIA: a mãe

TEMPO ÉPOCA: o ontem - 25 anos atrás, As Reinações de Narizinho - cortiço e pobreza em oposição a riqueza e bens.

TEMPO DURAÇÃO: algumas semanas

ESPAÇO: Recife, o portão da casa da menina rica

NARRADOR: em 1ª pessoa – a protagonista – mostra seu sofrimento interior por não conseguir seu objeto de desejo, o livro. Esse sofrimento se expressa fisicamente, pelas olheiras. Depois mostra seu prazer em tê-lo pelo tempo que quisesse.

CLASSES SOCIAIS: duas, a rica e a pobre

PRECONCEITO: contra pessoas gordas – contra pessoas pobres

ATÉ O 3° PARÁGRAFO: apresenta a descrição das personagens

RELACIOMENTO: a mãe da menina rica não conhecia a filha que tinha

EXPRESSÕES DE TEMPO: até que, no outro dia, no dia seguinte
DESENHO DO TEXTO: em história em quadrinhos. LEITURA - Reinações de Narizinho - (monteiro Lobato)

Publicado por terezinha bordignon às 23:45 2 comente aqui
Categoria: Interpretações II
20 de outubro de 2007
Maria Vai-com-as-outras


Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.

Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!

Maria ia sempre com as outras.

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.

Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!

Foi quando de repente, Maria pensou:

“Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”

Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.

Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.

Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!


E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu, uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.

Sylvia Orlof


Sylvia Orthof nasceu em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, em 1932, e faleceu em 1997. Ao longo de sua vida, publicou cerca de 120 livros para crianças, desde a estréia, em 1981, com Mudanças no Galinheiro Mudam as Coisas por Inteiro. Recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura Infantil pelo livro A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda, em 1983, e o Prêmio Ofélia Fontes, pela coleção Assim é se lhe parece, junto com Angela Carneiro e Lia Neiva, em 1995, entre outros.


ATIVIDADES GRAMATICAIS:

Encontre no texto:

(No primeiro parágrafo) dois verbos no passado.

Dois artigos indefinidos

Três substantivos próprios.

(No primeiro e segundo parágrafos) dois advérbios indicando lugar.

Um advérbio de tempo.

Um verbo na terceira pessoa do plural que indique tempo passado.

Uma oração interrogativa. Escreva-a.

Uma expressão de admiração contida no texto.

Um numeral cardinal.

Um substantivo feminino no plural.

Cinco substantivos comuns.

Uma qualidade para lugar.


QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

O texto apresentado é narrativo ou descritivo? Explique.

Quem escreveu o texto?

Quem conta a história?

Descreva as características da personagem principal e diga o que acha dela.

Qual sua opinião a respeito das outras ovelhas?

Maria ficou doente duas vezes: Quando?

Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?

Em que momento houve uma mudança na atitude de Maria?

Como você explica a última frase do texto?

Escolha a frase mais marcante da história e copie-a.

Qual a frase do texto que é narrada em primeira pessoa? Copie-a.

Invente um outro nome também adequado para esta história.

O que você pensa das pessoas que são “Maria vai-com-as-outras”?

Você já foi Maria vai-com-as-outras” algum dia? Quando? Por quê?

Qual a comida que você não gosta? Por quê?

Reescreva a história mudando título, locais, nomes, animais, alimentos...

Resuma o texto
Um desenho para colorir:


Faça uma pesquisa sobre o Pólo Sul.

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Categoria: Interpretações II
20 de agosto de 2007
O Analfabeto Político - 2

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,
o corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

Texto de Bertold Brecht, escritor e teatrólogo alemão (1898/1956)



SUGESTÕES DE ATIVIDADES:


ESTUDO DO VOCABULÁRIO:
PESQUISE NO DICIONÁRIO E ESCREVA OS SIGNIFICADOS DE ACORDO COM O TEXTO LIDO:
orgulho
imbecil
ignorância
vigarista
pilantra
corrupto
lacaio


EXPLIQUE AS EXPRESSÕES DESTACADAS:
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política “nasce” a prostituta...
O pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e “lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.


RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO:
É importante participar dos acontecimentos políticos do país? Por quê?
De que forma podemos participar dos acontecimentos políticos?
O que você entende por custo de vida?
O que é uma decisão política?
Por que o preço do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas?
Cite exemplos de decisões políticas no Brasil.
Como você vê o fato de alguém odiar a política?
Quais as características de um analfabeto político?
O autor do texto afirmou que “o pior analfabeto é o analfabeto político” . Nesta afirmação há uma outra crítica. Qual?
Bertold Brecht também disse que “o pior de todos os bandidos é o político vigarista, pilantra...”. Como podemos interpretar essa afirmação do autor?
O que fazer quando ficamos sabendo que um político está agindo desonestamente?


TRABALHO DE PESQUISA:
Pesquisar sobre as atividades de algumas empresas multinacionais.
Casos de corrupção no Brasil. (internet, recortes de jornais e revistas)
Pesquisar nos mercados próximos o preço dos produtos da cesta básica.
(as pesquisas, após serem lidas na sala, podem ser apresentados para a turma e/ou expostos para as demais turmas da escola)


EXPRESSÃO ARTÍSTICA:
Expresse o “analfabeto político” num desenho. (Os desenhos podem ser expostos para as demais turmas da escola)
Cantar o poema como se fosse um rap.
Declamar o poema: chorando, sorrindo, com raiva, gritando, baixinho... (pode ser feito num auditório)


PRODUÇÃO DE TEXTO:
Expresse sua opinião num texto, falando sobre a política brasileira.


DEBATE:
É possível ser analfabeto e não ser analfabeto político? Por quê?


EXERCÍCIOS:
NO POEMA, QUAIS PALAVRAS SÃO VERBOS?


JUSTIFIQUE A ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS:
Político
Remédio
Ignorância


COPIE DO TEXTO:
Quatro palavras que tenham dígrafo.
Uma com hiato
Uma com ditongo crescente


DÊ AS FUNÇÕES SINTÁTICAS DA PALAVRA ANALFABETO:
O analfabeto é político.
O político é analfabeto.
O político analfabeto decidiu estudar.
Analfabeto, o político decidiu estudar.
Analfabeto, estude!
Eu ouvi o discurso do analfabeto político.
O cidadão orientou o analfabeto político.
O país cuida do analfabeto político.
Na noite de 10 de Maio houve o planejamento escolar onde a coordenadora pedagogica Zuleide Fernandes fez uma homenagem as professoras mães.
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